Há muito tenho querido escrever o que hoje decidi fazer. Quero falar sobre estes dois acima. Quem os conhece, sabe quem são. E quem me conhece sabe a importância de ambos na minha vida. Tetel e Paulinha foram dois furacões que passaram na minha vida durante os três últimos anos, destruindo paradigmas que precisavam realmente deixar de existirem, alterando minha forma de ver e viver a fé cristã, sem a falsidade e a hipocrisia existente nas instituições coorporativas religiosas e nas comunidades religiosas, demonstrando que amizade não é estar todo o dia em contato, com sorrisos forçados, mas sim saber que de alguma forma ou outra, contribuímos para o crescimento do próximo como ser humano.
Me lembro da primeira vez que os ouvi. Estava eu interpretando quando os vi, na quadra. Tetel com os olhos arregalhados, temeroso. Paulinha séria, compenetrada como sempre, e Carol tímida. Com uma semana eu chorei feito uma criança pro Tetel, desesperado por uma situação, e ele assustado em ver um cara grande como eu chorando, que nem conhecia direito, com suas sábias palavras me deixou o primeiro aprendizado que me lembro até hoje, algo dito com outras palavras como: o tempo é o melhor remédio para vermos nossa real situação e avaliarmos o que os outros fazem de mal para nós. Aconselhou-me a acalmar e depois resolveríamos aquela situação. E de certa forma, resolveu. Seu apoio, àquela época foi fundamental para mim. Com o passar o tempo e com a aproximação começamos a viajar juntos: Tarumirim, Ipatinga, Mendes Pimentel e BH. Outro fato importante que me lembro de Tetel, foi no velório do meu avô. Ter presenciado a morte do meu querido avô no hospital e todo o procedimento de enterro me fragilizou e ali, pouco tempo antes de fecharem o caixão, eu despedia do meu avô, triste, choroso e Tetel veio até a mim, me abraçou (e foi engraçado porque Tetel é muito menor do eu... hehehe), passou a mão na minha cabeça e disse: "seja forte amigo"! Aquilo me marcou. Passei também momentos alegres com Tetel: o casamento do Junior, as nossas viagens com as conversas mais mirabolantes possíveis, mas sempre recheadas de sinceridade - e creio que por isso nos tornamos amigos, o congresso com surdos que organizamos em meio a um escândalo público que me deixou sem voz - e eu não tive nada com o acontecido. Enfim, Tetel passou na minha vida de forma intensa, demonstrando ser um homem como qualquer um: desmitificou na minha mente que sacerdotes são santos, que ser crente é ser etnocêntrico, que somos mais importantes que nossos defeitos, que a amizade, a sinceridade e o amor à família valem mais do que ministérios, bens, salários astronômicos, que status sociais.
Paulinha, a eterna Cuca. De Paulinha guardo a sinceridade. Não consigo me lembrar de nenhum momento que passei com ela onde ela tenha faltado com a sinceridade. Aprendi com Paulinha que a vida não são mares de rosas, que sofremos e que precisamos nos reconstruir tão como a fênix, que somos falíveis, mas que a graça de Deus e o amor dos nossos próximos são maiores que nossos erros e que, principalmente, devemos viver intensamente nossa vida, mesmo que tenhamos que pagar um preço por isso. Recordo-me também de nossos papos sobre músicas, nossa sintonia em gosto com Ana Carolina e Jorge Vercilo. Com a Paulinha eu até cantei em um casamento - tudo bem que os noivos eram surdos, que maldade! Mas creio que Paulinha salvou a música, até porque eu errei tudo. Ainda bem que os noivos eram surdos mesmo!
Hoje distante de vocês e também do que planejamos para nossas vidas (eu em Valadares e vocês não mais aqui), confesso que tem sido difícil não encontrá-los no contexto em que nos conhecemos. Mas confesso que em três anos vivi o melhor da minha vida, como ser humano, como cristão e como pecador! Reafirmei para mim mesmo conceitos e crenças as quais valorizo e descartei crendices, práticas e costumes que me faziam um religioso, somente.
Espero sinceramente que a vida ainda nos faça ficarmos próximos novamente. Mas se isso não acontecer queridos, saibam que vocês marcam minha existência e que os amo e os guardo com um carinho especial dentro de mim, sem qualquer ressentimento, julgamento. Vocês fazem falta pra mim! Só posso agradecer aos céus pelos momentos vividos, pelo aprendizado e pela nossa amizade: pura, simples e sincera! Que vocês sigam seus caminhos, felizes e certos que vocês são especiais e marcantes por onde passam.
E não se esqueçam: vocês se tornam eternamente responsáveis pelo o que cativam!
Me lembro da primeira vez que os ouvi. Estava eu interpretando quando os vi, na quadra. Tetel com os olhos arregalhados, temeroso. Paulinha séria, compenetrada como sempre, e Carol tímida. Com uma semana eu chorei feito uma criança pro Tetel, desesperado por uma situação, e ele assustado em ver um cara grande como eu chorando, que nem conhecia direito, com suas sábias palavras me deixou o primeiro aprendizado que me lembro até hoje, algo dito com outras palavras como: o tempo é o melhor remédio para vermos nossa real situação e avaliarmos o que os outros fazem de mal para nós. Aconselhou-me a acalmar e depois resolveríamos aquela situação. E de certa forma, resolveu. Seu apoio, àquela época foi fundamental para mim. Com o passar o tempo e com a aproximação começamos a viajar juntos: Tarumirim, Ipatinga, Mendes Pimentel e BH. Outro fato importante que me lembro de Tetel, foi no velório do meu avô. Ter presenciado a morte do meu querido avô no hospital e todo o procedimento de enterro me fragilizou e ali, pouco tempo antes de fecharem o caixão, eu despedia do meu avô, triste, choroso e Tetel veio até a mim, me abraçou (e foi engraçado porque Tetel é muito menor do eu... hehehe), passou a mão na minha cabeça e disse: "seja forte amigo"! Aquilo me marcou. Passei também momentos alegres com Tetel: o casamento do Junior, as nossas viagens com as conversas mais mirabolantes possíveis, mas sempre recheadas de sinceridade - e creio que por isso nos tornamos amigos, o congresso com surdos que organizamos em meio a um escândalo público que me deixou sem voz - e eu não tive nada com o acontecido. Enfim, Tetel passou na minha vida de forma intensa, demonstrando ser um homem como qualquer um: desmitificou na minha mente que sacerdotes são santos, que ser crente é ser etnocêntrico, que somos mais importantes que nossos defeitos, que a amizade, a sinceridade e o amor à família valem mais do que ministérios, bens, salários astronômicos, que status sociais.
Paulinha, a eterna Cuca. De Paulinha guardo a sinceridade. Não consigo me lembrar de nenhum momento que passei com ela onde ela tenha faltado com a sinceridade. Aprendi com Paulinha que a vida não são mares de rosas, que sofremos e que precisamos nos reconstruir tão como a fênix, que somos falíveis, mas que a graça de Deus e o amor dos nossos próximos são maiores que nossos erros e que, principalmente, devemos viver intensamente nossa vida, mesmo que tenhamos que pagar um preço por isso. Recordo-me também de nossos papos sobre músicas, nossa sintonia em gosto com Ana Carolina e Jorge Vercilo. Com a Paulinha eu até cantei em um casamento - tudo bem que os noivos eram surdos, que maldade! Mas creio que Paulinha salvou a música, até porque eu errei tudo. Ainda bem que os noivos eram surdos mesmo!
Hoje distante de vocês e também do que planejamos para nossas vidas (eu em Valadares e vocês não mais aqui), confesso que tem sido difícil não encontrá-los no contexto em que nos conhecemos. Mas confesso que em três anos vivi o melhor da minha vida, como ser humano, como cristão e como pecador! Reafirmei para mim mesmo conceitos e crenças as quais valorizo e descartei crendices, práticas e costumes que me faziam um religioso, somente.
Espero sinceramente que a vida ainda nos faça ficarmos próximos novamente. Mas se isso não acontecer queridos, saibam que vocês marcam minha existência e que os amo e os guardo com um carinho especial dentro de mim, sem qualquer ressentimento, julgamento. Vocês fazem falta pra mim! Só posso agradecer aos céus pelos momentos vividos, pelo aprendizado e pela nossa amizade: pura, simples e sincera! Que vocês sigam seus caminhos, felizes e certos que vocês são especiais e marcantes por onde passam.
E não se esqueçam: vocês se tornam eternamente responsáveis pelo o que cativam!
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