Basta acontecer algo anormal para as línguas maldosas ficarem todas eufóricas para comentar, e em questão de segundos, a notícia, às vezes até irrelevante, espalha-se à quatro cantos, toda contorcida, aumentada, e quem sabe, até mesmo totalmente alterada.
Hoje é assim: se te vêem na companhia de uma moça, é sua namorada. Se te vêem na companhia de um rapaz, duvidam da sua sexualidade. Se te vêem num bar tomando guaraná, a notícia é que você quer superar a fama do Zeca Pagodinho. Se você passa na rua onde há uma boate, você fez até strep tease por lá. Se alguém da sua empresa ou repartição é detido para prestar esclarecimentos sobre qualquer investigação, você já foi julgado e condenado como um marginal, ladrão, assassino e outros adjetivos carinhosos. Se você engorda, você é folgado. Se você emagrece, está com câncer. Se você anda de carro popular, é pra disfarçar. Se você anda com o carro da moda, deve está aprontando. Se a moça engorda, embuchou. se emagreceu, é porque levou um pé na bunda. Se está desempregado, é porque não procura emprego. Se está trabalhando, o salário é pouco e a empresa não te valoriza. Se é educado, é um besta. Se é grosso, é um cavalo.
Se a crença comum de que a vox populi é vox dei for verdadeira, algo lá por cima ou por aqui mesmo, está descontrolado, fora do seu devido local. O povo parece ter um prazer quase hedonista, quase um orgasmo sexual, em detonar a vida alheia, em fazer da vida das pessoas uma calamidade. A língua coça, o veneno escorre pela boca e queixo a fora. Veja por exemplo o que se tornou o mundo das ‘celebridades’, é algo bilionário. Nunca se gostou tanto em falar da vida alheia!
Caso mais recente: Susana Vieira. Casou-se com militar metido a performista de primeira qualidade em quadra de escola de samba. Levou um chifre, pagou a conta do motel destruído, mesmo assim perdoou o marido, mas brigou denovo, se separou novamente. Ele, sem dinheiro e a fama que a senhorinha folgosa lhe proporcionava, foi pra televisão reclamar da atriz juntamente com a amante. Seu final: morreu entupido de drogas na garagem de um condomínio de luxo. A atriz selerepe com seus mais de 60 anos de idade, se diz gostosona, pronta pra outra, mas admite que ter medo de encontrar outro marginal. Coitada, tão inocente! Pergunto: e eu com isso? Sou filho, neto, bisneto, sobrinho, empregado, o escambau a quatro, alguma coisa dessa senhora saliente? Pra quê preciso saber disto? O que me acrescenta saber e acompanhar na TV todos os últimos acontecimentos de sua vida particular? Parece que saber e divulgar todos os detalhes das desgraças alheias é uma espécie de fortificante para alguns que, provavelmente, às escondidas, cometem coisas que podem ser consideradas muito piores do que as que se tornaram públicas, com a desgraça alheia divulgada pela mídia.
Você quer deixar um fofoqueiro frustrado? Fique em silêncio diante de suas perguntas, isso lhe impõe respeito perante o fofoqueiro. Ele irá se acalmar. Mas o verdadeiro fofoqueiro, este, não sossega até conseguir alguma informação, algo ‘bafão’, e quando obtém êxito fica todo excitado. Tem assunto para render, para meter a lenha por dias.
Sábio foi o autor de Eclesiastes que no capítulo 27 escreveu: “Na companhia dos tolos, guarda tuas palavras para outra ocasião. Sê de preferência assíduo junto às pessoas ponderadas” (v. 13). O problema do fofoqueiro é que ele não se dá conta de sua tolice, de sua baixeza, de sua mesquinhez, de sua futilidade.
Andar junto às pessoas ponderadas é o melhor caminho para não se contaminar com os venenos dos tolos fofoqueiros e para poder ser você mesmo em qualquer ocasião. Caso contrário, lembre-se da canção: “o povo fala, o povo fala mesmo...”
Hoje é assim: se te vêem na companhia de uma moça, é sua namorada. Se te vêem na companhia de um rapaz, duvidam da sua sexualidade. Se te vêem num bar tomando guaraná, a notícia é que você quer superar a fama do Zeca Pagodinho. Se você passa na rua onde há uma boate, você fez até strep tease por lá. Se alguém da sua empresa ou repartição é detido para prestar esclarecimentos sobre qualquer investigação, você já foi julgado e condenado como um marginal, ladrão, assassino e outros adjetivos carinhosos. Se você engorda, você é folgado. Se você emagrece, está com câncer. Se você anda de carro popular, é pra disfarçar. Se você anda com o carro da moda, deve está aprontando. Se a moça engorda, embuchou. se emagreceu, é porque levou um pé na bunda. Se está desempregado, é porque não procura emprego. Se está trabalhando, o salário é pouco e a empresa não te valoriza. Se é educado, é um besta. Se é grosso, é um cavalo.
Se a crença comum de que a vox populi é vox dei for verdadeira, algo lá por cima ou por aqui mesmo, está descontrolado, fora do seu devido local. O povo parece ter um prazer quase hedonista, quase um orgasmo sexual, em detonar a vida alheia, em fazer da vida das pessoas uma calamidade. A língua coça, o veneno escorre pela boca e queixo a fora. Veja por exemplo o que se tornou o mundo das ‘celebridades’, é algo bilionário. Nunca se gostou tanto em falar da vida alheia!
Caso mais recente: Susana Vieira. Casou-se com militar metido a performista de primeira qualidade em quadra de escola de samba. Levou um chifre, pagou a conta do motel destruído, mesmo assim perdoou o marido, mas brigou denovo, se separou novamente. Ele, sem dinheiro e a fama que a senhorinha folgosa lhe proporcionava, foi pra televisão reclamar da atriz juntamente com a amante. Seu final: morreu entupido de drogas na garagem de um condomínio de luxo. A atriz selerepe com seus mais de 60 anos de idade, se diz gostosona, pronta pra outra, mas admite que ter medo de encontrar outro marginal. Coitada, tão inocente! Pergunto: e eu com isso? Sou filho, neto, bisneto, sobrinho, empregado, o escambau a quatro, alguma coisa dessa senhora saliente? Pra quê preciso saber disto? O que me acrescenta saber e acompanhar na TV todos os últimos acontecimentos de sua vida particular? Parece que saber e divulgar todos os detalhes das desgraças alheias é uma espécie de fortificante para alguns que, provavelmente, às escondidas, cometem coisas que podem ser consideradas muito piores do que as que se tornaram públicas, com a desgraça alheia divulgada pela mídia.
Você quer deixar um fofoqueiro frustrado? Fique em silêncio diante de suas perguntas, isso lhe impõe respeito perante o fofoqueiro. Ele irá se acalmar. Mas o verdadeiro fofoqueiro, este, não sossega até conseguir alguma informação, algo ‘bafão’, e quando obtém êxito fica todo excitado. Tem assunto para render, para meter a lenha por dias.
Sábio foi o autor de Eclesiastes que no capítulo 27 escreveu: “Na companhia dos tolos, guarda tuas palavras para outra ocasião. Sê de preferência assíduo junto às pessoas ponderadas” (v. 13). O problema do fofoqueiro é que ele não se dá conta de sua tolice, de sua baixeza, de sua mesquinhez, de sua futilidade.
Andar junto às pessoas ponderadas é o melhor caminho para não se contaminar com os venenos dos tolos fofoqueiros e para poder ser você mesmo em qualquer ocasião. Caso contrário, lembre-se da canção: “o povo fala, o povo fala mesmo...”
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