Voltei ao tempo de criança. Tempo que por mim poderia nunca ter acabado. Tempo bom! Como fui feliz e só agora compreendo isto. Ser criança é ter a fragilidade de uma rosa e uma sabedoria que ultrapassa qualquer doutorado. Como é bom ter uma criança por perto! Como aprendemos mais do que ensinamos: aprendemos que a vida, na sua melhor fase, realmente é aquela, e por isto a importância de se cuidar bem das crianças, haja vista que por serem tão inocentes, estão expostas a qualquer perigo.
Voltei a ser criança ou encontrei resquícios de uma criança em mim lendo uma obra-prima mundialmente conhecida. Pude reler nestes últimos dias “O Pequeno Príncipe”, de Antonie de Saint-Exupéry. Como me fez bem! Aliviou a mente, a alma. Um misto de emoções, de pensamentos, de recordações. Meu primeiro contato com essa obra foi na década de 90 quando estava no ginásio, talvez quarta ou quinta série, não me lembro bem. Sei que, juntamente com “Dom Casmurro’, ‘Ilha Perdida’, ‘Éramos Seis’, este livro está registrado na memória de minha infância. Dele recordava-me somente da frase ‘tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas’.
Mesmo já tendo lido-o na infância, relê-lo agora que sou jovem foi salutar. Ao contrário do que se acredita este livro não é direcionado para crianças. Ele fala de crianças, ou melhor, ele revive em adultos as crianças que um dia já foram, com seus medos, suas verdades, suas inocências e sabedorias.
Saint-Exupéry narra e ilustra, mergulhado num simbolismo, a trajetória do Pequeno Príncipe, que vivia num planeta, do tamanho de uma casa, que tinha três vulcões. Havia também neste planeta uma rosa, orgulhosa, que cria ser única, e que por isto arruinou a tranquilamente do Pequeno príncipe, fazendo com que este viajasse por diversos planetas, até que chegou a Terra. Aqui encontrou com a raposa, que sabiamente, soube conduzi-lo à descoberta do que realmente importa na vida, a saber: o amor, a amizade e o companheirismo. Ao contrário dos conselhos da raposa (Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos), o Pequeno menino de cabelos dourados Príncipe pode compreender com outras personagens do livro com quais se encontrou em outros planetas, que as ‘pessoas grandes’ se preocupam com coisas que são inúteis, bem como não sabem dar valor às coisas. Conheceu um rei que pensava que todos eram seus súditos, mas que não tinha ninguém perto; um contador que se dizia muito sério, mas não tinha tempo para sonhar; um geógrafo que se dizia sábio, mas nada conhecia da geografia do país em que vivia; um bêbado que assim era para esquecer a vergonha que sentia por embriagar-se; além da serpente.
A priori simplista tal obra traz em seu bojo riquíssimos ensinamentos, escrito de uma forma que leva o seu leitor a preocupar-se com o sentido humano da vida, de sua existência, com suas atitudes e comportamentos, com seus sentimentos, com seus valores, com seus julgamentos e com suas ‘certezas’. O autor pincela no leitor o mistério que todos nós, ‘pessoas grandes’, carregamos: a sabedoria da infância, tão importantes, mas que se passa imperceptível nos dias hodiernos, onde já não há tempo para recordações. É salutar a leitura. Faz-nos reencontrar a criança que em nós habita.
Refazer esta leitura me trouxe conceitos que sinceramente já havia perdido-os, compreensão prática de teorias aprendidas e até vivenciadas, que não me tinha dado noção. Ainda bem que as crianças são indulgentes com as pessoas grandes! Foi proveitoso, ao reler ‘Pequeno Príncipe’, reaprender os ensinamentos da sábia raposa: “A gente só conhece bem as coisas que cativou... Só se vê bem com o coração... O essencial é invisível para os olhos... Tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas... A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar...”
Aprendi novamente, e de uma forma tão gostosa, a importância do amor, da amizade e do companheirismo.
“- As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém...
- Que queres dizer?
- Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem rir!
E ele riu mais uma vez
- E quando te houveres consolado (a gente sempre se consola), tu te sentirás contente por me teres conhecido.
Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo.
E abrirás às vezes a janela à toa, por gosto ... E teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: “Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!” E eles te julgarão maluco. Será uma peça que te prego...”
Voltei a ser criança ou encontrei resquícios de uma criança em mim lendo uma obra-prima mundialmente conhecida. Pude reler nestes últimos dias “O Pequeno Príncipe”, de Antonie de Saint-Exupéry. Como me fez bem! Aliviou a mente, a alma. Um misto de emoções, de pensamentos, de recordações. Meu primeiro contato com essa obra foi na década de 90 quando estava no ginásio, talvez quarta ou quinta série, não me lembro bem. Sei que, juntamente com “Dom Casmurro’, ‘Ilha Perdida’, ‘Éramos Seis’, este livro está registrado na memória de minha infância. Dele recordava-me somente da frase ‘tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas’.
Mesmo já tendo lido-o na infância, relê-lo agora que sou jovem foi salutar. Ao contrário do que se acredita este livro não é direcionado para crianças. Ele fala de crianças, ou melhor, ele revive em adultos as crianças que um dia já foram, com seus medos, suas verdades, suas inocências e sabedorias.
Saint-Exupéry narra e ilustra, mergulhado num simbolismo, a trajetória do Pequeno Príncipe, que vivia num planeta, do tamanho de uma casa, que tinha três vulcões. Havia também neste planeta uma rosa, orgulhosa, que cria ser única, e que por isto arruinou a tranquilamente do Pequeno príncipe, fazendo com que este viajasse por diversos planetas, até que chegou a Terra. Aqui encontrou com a raposa, que sabiamente, soube conduzi-lo à descoberta do que realmente importa na vida, a saber: o amor, a amizade e o companheirismo. Ao contrário dos conselhos da raposa (Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos), o Pequeno menino de cabelos dourados Príncipe pode compreender com outras personagens do livro com quais se encontrou em outros planetas, que as ‘pessoas grandes’ se preocupam com coisas que são inúteis, bem como não sabem dar valor às coisas. Conheceu um rei que pensava que todos eram seus súditos, mas que não tinha ninguém perto; um contador que se dizia muito sério, mas não tinha tempo para sonhar; um geógrafo que se dizia sábio, mas nada conhecia da geografia do país em que vivia; um bêbado que assim era para esquecer a vergonha que sentia por embriagar-se; além da serpente.
A priori simplista tal obra traz em seu bojo riquíssimos ensinamentos, escrito de uma forma que leva o seu leitor a preocupar-se com o sentido humano da vida, de sua existência, com suas atitudes e comportamentos, com seus sentimentos, com seus valores, com seus julgamentos e com suas ‘certezas’. O autor pincela no leitor o mistério que todos nós, ‘pessoas grandes’, carregamos: a sabedoria da infância, tão importantes, mas que se passa imperceptível nos dias hodiernos, onde já não há tempo para recordações. É salutar a leitura. Faz-nos reencontrar a criança que em nós habita.
Refazer esta leitura me trouxe conceitos que sinceramente já havia perdido-os, compreensão prática de teorias aprendidas e até vivenciadas, que não me tinha dado noção. Ainda bem que as crianças são indulgentes com as pessoas grandes! Foi proveitoso, ao reler ‘Pequeno Príncipe’, reaprender os ensinamentos da sábia raposa: “A gente só conhece bem as coisas que cativou... Só se vê bem com o coração... O essencial é invisível para os olhos... Tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas... A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar...”
Aprendi novamente, e de uma forma tão gostosa, a importância do amor, da amizade e do companheirismo.
“- As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém...
- Que queres dizer?
- Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem rir!
E ele riu mais uma vez
- E quando te houveres consolado (a gente sempre se consola), tu te sentirás contente por me teres conhecido.
Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo.
E abrirás às vezes a janela à toa, por gosto ... E teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: “Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!” E eles te julgarão maluco. Será uma peça que te prego...”
Nenhum comentário:
Postar um comentário